domingo, 26 de dezembro de 2010

Arco-íris

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte VIII

Datado de 28-03-06



Branco ou morte!


 Arco-íris




Versos livres
Versos brancos
Sentimentos expressos sem rédeas
Não posso regrar as emoções
Fluxo constante e contínuo
Palavras mais fidedignas
Ao léu
A esmo
Que importa?
São meus. E só.
Ou versos brancos ou versos em branco!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Insônia

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte VII

Datado de 22-03-06


Até que gostei desse




Insônia


Insana insone
Escurecida pela noite em claro
Agonizando noite adentro
Ansiando por vagar noite afora

Doom

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte VI
Datado de 21-02-06



Bem, antes de postar mais um poEMO, vou dizer o tipo de música que ouvia na época, pra que entendam que tipo de sentimentos povoavam essa lúgrube alma. Gostava muito de músicas do Within Temptation (ouvir Sparkling Angel, so álbum The Silent Force), do Noturna (extinta banda dum amigo meu. Ouvir CD Diablerie), do Johnny Cash (ouvir música Hurt), do H.I.M. (ouvir música The Funeral of Hearts), além de trocentas outras coisinhas depressivas.






Doom



Máscara de alegria
esquecimento fingido
Milhares de braços
laços desatados
Lábios intocados
Tantos provados




Garras de Leão
Rasgam meu coração
Prendem, puxam,
Machucam
Trazem-me de volta
À insanidade
Pelo veneno destilado
Inconscientemente...
Rugidos estremecem
Meu ser despedaçado


Flutuando, vagando, derretendo
À deriva...
Sangrando, escoando, delirando
Gemendo, suspirando, rastejando
Morrendo e vivendo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Felicidade Tristemente Melancólica

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte V
Datado de 20-02-06





Minha vontade foi de postar os dois textos de tema "insônia", mas resisti e postarei na ordem cronológica mesmo (procês verem como eu não evoluí).
Como vocês podem perceber, estou postando às 7h e pouco, horário nada humano pra mim. Como tenho acordado umas 5h todos os dias, em vez de rolar na cama hoje, vou postar no blog.






Felicidade Tristemente Melancólica




Cheia do vazio
Contentando-me com o descontentamento
Impossibilitando o possível
Possível? Talvez...
Certeza da dúvida
Frio que aquece a solidão
Da alma
Que ama o amigo

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Moonlight

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte IV

Datado de 20-02-06



Não confundam Moonlight com Twilight, please! hahaha








Moonlight


Prateando redondamente
Meu sangue frio e fervente
Que escoa da maltratada alma
Virtuosa Lua Cheia... dos pecados...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Morbidezzz

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte III


Datado de 17-02-06


Lá se vai uma sinfonia sem maestro. Desanda o ritmo, a melodia... Cacofonia completa.




Morbidezzz


Hoje não quero guitarras cortantes
De dilacerado já basta meu espírito.
Harpas melancólicas.
Graves violoncelos.
Violinos tristonhos.
Delicado piano...

Anjo Triste

O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte II


Datado de 17-02-06





Eu e minhas fixações "luciferinas"




Anjo Triste


Oh, meu anjo da guarda
Sua asa está quebrada?
Não chegou a tempo.
Não ouvi o bater de suas asas.
Prometeu vir sempre em meu auxílio.
Falhaste. Suas asas não me envolvem...
Mas agora tudo são cinzas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Vivas lembranças mórbidas

Estreando o novo livreto:


O Livro de Pandora - Tragicomédias Melodramáticas - Parte I


Datado de 10-02-06




Vivas lembranças mórbidas


Saudades transbordantes
Extravasam e afogam-me.
Dor cruciante rachando
Dilacerando o coração.
Pedaços de alma ao chão.
Espírito quebrantado
Pisado e repisado,
Acariciado e rejeitado.
Odor fétido da morte.
Morte dos sentimentos.
Não! Apenas latentes.
Brisa cálida da negra noite.
Luar e estrelas:
Únicas testemunhas - mudas -
Do insone sofrimento.
Lágrimas de sangue
Rasgam a carne.
Agoniza o anjo caído.
Suas asas foram queimdas pela chama do pecaminoso ódio apaixonante.
Harpas dissonantes...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sem sinal



Na Espírito Santo, um espírito-de-porco
Espirituosa, aguardando o sinal
O carrinho do catador tombou
Quem o ajudará a catar?
Na dúvida, todos atravessam:
A rua?
O espírito quebrantado






Resposta a Sinal verde

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dark Angel

Ensaios da Imaturidade - Parte V


De 26/09/04




Este é o último poemo do livretinho "Ensaios da Imaturidade". Para o vosso deleite, daqui pra frente, as postagens ficarão cada vez mais piegas, mórbidas, vergonhosas e - hoje - engraçadas.
Será que esses poemos agradarão aos fiéis fãs de Crepúsculo? hahahaha




Dark Angel 




Passageiramente duradouro


Lado bom, lado mau
Quem sabe?!
Todos temos!
Bom... tudo é relativo.


Docemente cruel
Maliciosamente benéfico


Contraposições


Metamorfoses


Dinamismo


Agir como (não) pede a situação


O Mau é belo e sedutor
Temperos: sordidez, desdém, escárnio, ironia
Língua afiada
Hahaha... a verdade? Esqueça-a!
Maquiavélico
Transfiguração aterrorizante


O Bem?... bom... sutil beleza castamente exposta
Encanta
Não te seduziu? Pois ouve-o!
Bonito coração
Linda alma


Espírito vaga... ao ermo...
Trevas
Envolventes
Absorvendo...
Serão a luz da minha vida?
Faça-me feliz!
...Se for Vossa vontade...


Incomum
Estranha
Devaneio
Vozes
Barulhos
Visões
Proteja-me
E a todos nós.


!Incoerência!


A Luz faz emergir meu espírito

Amor Eternamente

Ensaios da Imaturidade - Parte IV

De  26/09/04




Amor Eternamente


Éter na ferida
Ardor intenso
Agitação
Refresco-me com a evaporação
Alívio e tranqüilidade
Sublimemente rodopiando ao alto...
Sensação de marca na pele
Logo passa, até ficar só o forte odor
Depois, nem isso
Nada mais traz a lembrança da dor e da... "felicidade"... (?)
Dissipou-se.


Outro frasco aberto
Tudo de novo
Novas sensações (?)



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sôfrega

Ensaios da Imaturidade - Parte III


Elaburração em 11-05-04

Outra tragicomédia ridiculamente tosca.
Minha cara queima cada vez mais...

Ah, pra deixar bem claro. Eu não tinha nenhum tipo de namoradinho na época em que escrevia essas coisas. Sim, minha mente era fértil, emo e podre. Eu não tinha nem perdi nenhum namorado, não tinha nenhum relacionamento, era forever alone! hahahaha 
E eu ainda falava como o Mestre Yoda! Ó, céus...
Tempo besta é a adolescência...






Sôfrega


Insensível a meu amor.
Desinteresse sufocou a paixão.
Onde ficou guardado o carinho?
Nossa alegria?


Tenho certeza: gosto muito mesmo de você.
Ah... Nem sei mais...
Não sei o que sinto nem o que quero.
Tenho certeza: não gosto mais de você.
Peste! Não quero mais ver-te nem notícias suas saber.
Imprestável.


Não irei mais por ti lágrimas verter.
Mas verto-as agora incessantemente.
Talvez fiquemos amigos, pois não o somos ainda, como dissera.


Desilusão...


Boba que sou!
Estúpido!
Eu sou estúpida.
Acreditei que você era diferente...
Falsas promessas.
Falsas esperanças.
Alegria adiada, massacrada, esquecida...


Lembra-se de mim?
Sua imagem, seu ser não abandona meus pensamentos.
Até em meu sonho está presente.


E as outras?!
Sei que não temos compromisso.
Sei que posso ter outros, mas...
Acorrentada, de alguma forma.
Seria correto?
Ah! Tô nem aí!
Se houver boa oportunidade, agarro-a!


Quando volto para perto de ti...
Que bom!
Que ódio!
Você teve as que quis.
Eu só tive você.


Ciúmes


Ódio


Amor


Felicidade


Dor


Solidão


Medo


Saudades


Indecisão


O que sinto por ti?
Nem eu mesma sei!
Amor?
Talvez, guardado no fundo.
Vejo-te e não sinto mais nada.
Não te quero.
Vou embora.
Que saudade! Te quero! Te amo!
Aflorou o amor que guardado estava.
Guardo-o às vezes tão bem que esqueço-me de onde está ele.


Doces lembranças...
O coração se aquece, se aperta.


Nevoeiro de dúvidas...
Amargura.

Sobrevivendo ao fim

Ensaios da Imaturidade - Parte II


Odeio tanto este poema que relutei semanas para postá-lo. Mas é chegada a hora.
Vou morrer de vergonha após isso e a culpa é da Pri, que insiste que eu desenterre esses zumbis...
Data de elaboração da tragédia literária: 22/03/04
Isso nem merece nenhum tipo de comentário






Sobrevivendo ao fim 


Travesseiro molhado
Olhos inchados
Lágrimas se atropelando pela face


Lembranças
Raiva, tristeza, saudade, perdão (?)
Fotos pelo chão, inteiras, cortadas, rasgadas


Silêncio
Vento frio da manhã entra pela janela
Solidão
Morbidez


O reflexo no espelho não agrada
Tudo revirado no armário
O quarto, a casa de pernas pro ar
Tem sido assim há um mês


"Ignora-me"
"Amo-o"
"Como pôde?"
"Como pude?..."
"Odeio-a. E a ele também"


A cabeça parece que vai estourar
Rotina! É desesperador
Não há mais amigos, família nem namorado
Isso é vida?
Abandono...


No banheiro, um armarinho aberto
Sobre a pia, uma foto: uma jovem bonita e feliz
No chão, jaz um cadáver
No estômago, vinte comprimidos.
A alma, livre de sofrimentos

Resumo de uma vida



Retirado daqui

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Menina Bailarina

Outro poema roubado de mim mesma.
Retirado daqui


Este é em homenagem a Pri, minha amiga leitora, escritora e dançarina (entre outras funções acumuladas):



Dança, roda, roda e rodopia
Mas não se esqueça, menina

tem que dormir - não adia!

mesmo sendo bailarina

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tropeiro literal

Ora, bolas... Ora, pois, pois...
Como sou uma mãe desnaturada e deixei meu pobre blog ao relento e fui dar colo aos blog amigos, vou ter que passar a colocar aqui as minhas postagens menos ruins de blog alheios! Ora, pois, pois!


O poeminha abaixo foi feito em resposta a este post Prova do tropeiro, da Coleguinha.
Tô colocando pra encher linguiça desse tropeiro literal...




Ora, nesse preparo de tropeiro entra um risco:
o de que entre os grãos cascados entre
um grão qualquer, com casca ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente
e de deixar casquinha atrapalhando um sorriso.
Mas, pior do que a intrusa casquinha na gengiva,
é a barriga com seu ronco poderoso,
que para a demora da comida se atina
e ameaça qualquer petisco gorduroso.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Miragem

Ensaios da Imaturidade - Parte I


Começo a sessão terror regresso deste blog com a publicação de um poeminha de 22-03-2004.
Lá vai a emice:




Miragem


Fogo gelado
Percorre-me o corpo


Ondas de luz
invadem meus olhos


Coração acelerado
Pleno de alegria
Batendo em meu peito
No ritmo dos seus passos


Teu cheiro suave
Impregnado em minhas narinas
é perfume exalando
Já posso senti-lo


Nascente de rios
Tua visão alegra-me


Contato confortante...
Mergulho em seu olhar
Já se passou o tempo?


É me arrancado um pedaço
Vazio em mim...


Não recue!


Vejo o mar em seus olhos
Em mim, cachoeiras
Águas rolam sem estrépito até o chão


Rosto molhado
Lágrimas salgadas
Vindas daquele mar
Onde quero me afogar
Minha boca já é amarga
Sem teus doces beijos
Tristeza em seu olhar
Saudade já vejo


Nossos braços estendidos no ar
Um ao encontro do outro
Sem ao outro encontrar


Vais com a brisa
E com ela espero que voltes...
...logo.
Pois já perco tempo sem você.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Caixinha de migalhas

Como post de hoje, roubo do blog "Sanidade contida e serenamente cultivada" a publicação "Tem cabimento?" e meu comentário a respeito: 

"Numa caixinha, a gente guarda
migalhas e o mundo, se a gente quiser..."

Tem gente que guarda migalhas;
tem gente que faz do todo, migalhas.
Tem gente que não se cabe - de alegria, de tristeza.
Tem gente que guarda e não reparte.


Um adendo para a lembrança do Rapha para a música (para mim, até então desconhecida) de Arnaldo Antunes, "Cabimento":


"como uma agulha cabe numa caixa de fósforos
ou num caixão
num palheiro num jardim no bolso de uma pessoa
na multidão
caminhão montanha tudo cabe em seu tamanho
tudo no chão
hoje eu caibo nesse mesmo corpo que já coube
na minha mãe

minha mãe
minha avó
e antes delas minha tataravó
e antes delas um milhão de gerações distantes
dentro de mim

um lugar
num porão
uma cama num colchão
como um átomo num grão
uma estrela na galáxia

como a bala de revólver cabe no revólver
cabe também
numa caixa num buraco bem no centro do alvo
ou em alguém
onde cabem coração cabeça tronco e membros
soltos no ar
como cada gesto cabe no seu movimento
muscular

só nós dois
meu amor
não cabemos em mim ou em você
como toda gente tem que não ter cabimento
para crescer"

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Poesia em parceria

Pra abrir as postagens, publico uma poesia feita em parceria com a coleguinha Pri.
Ela começou como um trocadilho com uma música e acabei continuando, por brincadeira.
Fica aí a nossa obra de arte, hehe.






Eu quero a sorte de um amor bem misturado
Com sabor de suco de fruta
Nós enredados
No embalo da batida
Em teus braços renascida
Sou teu chão
Sou desmedida
Te dou o amor
Dou minha vida
E troco algo por garantia