sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobrevivendo ao fim

Ensaios da Imaturidade - Parte II


Odeio tanto este poema que relutei semanas para postá-lo. Mas é chegada a hora.
Vou morrer de vergonha após isso e a culpa é da Pri, que insiste que eu desenterre esses zumbis...
Data de elaboração da tragédia literária: 22/03/04
Isso nem merece nenhum tipo de comentário






Sobrevivendo ao fim 


Travesseiro molhado
Olhos inchados
Lágrimas se atropelando pela face


Lembranças
Raiva, tristeza, saudade, perdão (?)
Fotos pelo chão, inteiras, cortadas, rasgadas


Silêncio
Vento frio da manhã entra pela janela
Solidão
Morbidez


O reflexo no espelho não agrada
Tudo revirado no armário
O quarto, a casa de pernas pro ar
Tem sido assim há um mês


"Ignora-me"
"Amo-o"
"Como pôde?"
"Como pude?..."
"Odeio-a. E a ele também"


A cabeça parece que vai estourar
Rotina! É desesperador
Não há mais amigos, família nem namorado
Isso é vida?
Abandono...


No banheiro, um armarinho aberto
Sobre a pia, uma foto: uma jovem bonita e feliz
No chão, jaz um cadáver
No estômago, vinte comprimidos.
A alma, livre de sofrimentos

3 comentários:

  1. Ok, pode comentar, hehe.
    Que coisa mais piegas e tragicômica... hahahahaha

    ResponderExcluir
  2. Não são zumbis. São poEmos!!!

    Gostei muito das "lágrimas se atropelando pela face". :)

    ResponderExcluir

Manifestações